Companheiros,

Recebemos a informação que nesse exato momento todos os portões da USP estão repletos de viaturas da polícia militar para tentar acabar com os piquetes de greve dos funcionários.

Os trabalhadores da USP há alguns dias estão fazendo piquete na frente da reitoria para garantir a greve dos funcionários do setor e também para que a reitoria volte a negociar com os fucionários. Nesse sentido, o Governo Serra e a reitoria estão tentando intimidar os trabalhadores colocando um aparato de guerra em alguns lugares da USP.

Não podemos permitir de maneira alguma ações como essa que de fato nos remetem aos anos mais sombrios da ditadura militar. Não toleraremos que os trabalhadores da USP, que estão realizando uma forte greve legítima e legal, sofram qualquer tipo de agressão da polícia.

Peço para que todas as entidades estudantis, sindicais, de direitos humanos e organizações de esquerda nos envie (ou diretamente para o endereço eletrônico da reitoria da USP) moções de repúdio a essa ação. Companheiros a situação parece estar bem difícil, espero que todos possam se manifestar assim que lerem essa mensagem.

Fora PM da USP!
Todo apoio a greve dos trabalhadores da USP!

Saudações de Luta!

DCE UNESP/FATEC

2 COMENTÁRIOS

  1. Continua o isolamento e elitismo universitário. A repressão do PSDB contra as lutas na educação teve o seu ponto forte em 2000, com 4 professores exonerados. Dessa mesma repressão há 35 professores sendo processados hoje por terem testemunhado em favor dos professores exonerados. Um dos exonerados morreu de depressão. A categoria e os movimentos todos os deixaram sozinhos, à própria sorte.

    A atual reforma educacional é outra etapa do mesmo projeto iniciado em 2000 e há casos de repressão na USP, na Unesp, na Fundação Santo André, na rede pública de ensino. Vai desde demissão/exoneração até processos e espancamentos, como o que Serra fez com os professores de Poá e Ferraz de Vasconcelos. Enquanto Serra age em conjunto com a Secretaria de Segurança pública e outras mais e ataca a todos, os atingidos fazem lutas separadas. É o mesmo projeto educacional. Não há porque falar de Brandão e não falar dos exonerados de 2000. Nem falar dos processados da Unesp e não falar dos processados da rede pública. Nem falar da Univesp e não falar da reforma do ensino paulista. Não há porque professores da rede pública não serem chamados para dar aulas públicas na UNESP, somente professores universitários. Do que vocês tem medo? De que um professor da rede demonstre que possui conhecimento e que a diferença entre ele e o professor da universidade é meramente institucional? Por que não são chamados os pais e os alunos para se posicionarem? Acorda gente!!!

  2. Como não permitir e não tolerar que os funcionários da USP sofram qualquer tipo de agressão da polícia? Enviando moções de repúdio?
    Enquanto a direita se organiza com toda a infra-estrutura material e simbólica, com seus aparatos repressivos, seus meios de comunicação, seus técnicos e suas pesquisas, a esquerda por vezes se limita a enviar e-mails e moções. Exemplos como dos estudantes da Unesp-Marília, que entraram em greve, devem ser multiplicados, mas só isso não basta, ou há uma articulação entre as lutas sociais educacionais, abrangendo as diversas universidades estaduais e federais, mais os ensinos médio e básico, e a sociedade, para além dos restritos muros acadêmcios, ou mais uma vez veremos essa luta ser espetacularizada e derrotada na cidade de São Paulo, relegando a nota de rodapé as lutas no interior e outros estados.
    De que forma dar todo o apoio aos funcionários da USP, da Unesp e da Unicamp (bem como de todas as outras universidades no país)? E como não limitar esse apoio as universidades e conjugá-lo com todo o sistema educacional? Inclusive público e privado, pois também os trabalhadores da educação deste setor sofrem mandos e desmandos, opressões e explorações. Como, para além de moções e mobilizações que por vezes se limitam ao ambiente universitário?

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here