Flagrantes Delitos

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Flagrantes Delitos

Antifascismo erótico

Mais um grupo econômico encerra suas atividades na Rússia depois da condenação de Putin pelo Tribunal de Haia: o Tinder. Diz um acionista da...

Supremacismo branco ou fascismo negro?

Os Proud Boys são geralmente definidos como um grupo de supremacia branca, mas como pode um grupo de supremacistas brancos ser comandado por um negro? Ou...

Ouvidos treinados

— Eu ando escutando bastante música em francês. — O quê? — Jacques Brel, Yves Montand, Charles Aznavour, Edith Piaf. Principalmente Jacques Brel. — Você está escutando só música velha. Essas aí eu não escuto. Eu praticamente só escuto música francesa, mas só as novas. As velhas eu não escuto. Passa Palavra

Categorias reificadas

Tem sido assim: mototaxista vira mototáxi — “sou mototáxi há 3 anos”; motorista de Uber vira uber — “já chamei o uber”; o caminhão...

Missão cumprida

A moça negra, turbante na cabeça, e o rapaz branco, ambos vestindo o uniforme da fabricante de celulares, entram na loja da operadora de...

O suficiente

Os capitalistas diziam que, se não havia gás lacrimogêneo suficiente nas ruas, as reformas podiam ser aprofundadas. Hoje dizem que, se não há covid...

Solidariedade de classe (3)

Com a restrição ao funcionamento dos restaurantes, a venda de pizzas caiu drasticamente. A patroa estava convalescendo de uma cirurgia e a desolação tomava...

Mind the gap (1)

Trem lotado. A recente onda de frio no Rio de Janeiro foi ofuscada pelos acidentais abraços e empurrões nas linhas da supervia que seguiam...

Protesto inapropriado

2016. Semanas antes do movimento que resultou em dezenas de escolas ocupadas no estado do Rio de Janeiro, os estudantes e a esquerda fizeram...

Curso e discurso (1)

Uma editora muito ligada à esquerda institucional, mas bem vista por parte da extrema-esquerda, recentemente realizou um curso virtual sobre “Financeirização e Luta de...

Linhas tortas

Na fachada de um imóvel comercial, leio: “Quando Jesus é o empresário, não existe crise”. Abaixo, um aviso dizia, como que em linhas tortas:...

O tempo das cerejas

Um professor de História dava aula sobre a Comuna de Paris. Chegou à porta um grupo de estudantes, pedindo para dar um recado: realizavam a eleição para a gestão do centro acadêmico. Recado dado, a aula prosseguiu normalmente até o fim. Mais tarde, nos corredores e no pátio, o professor passou pelo grupo, onde ouviu um acalorado debate conjuntural: “A chapa de vocês não tem gays. A nossa tem gay, lésbica, bi…” Cabisbaixo, ensimesmado, o professor seguiu seu caminho, sentindo-se mais obsoleto a cada passo enquanto cantava baixinho: “Mais il est bien court le temps des cerises…” Passa Palavra