Tempos difíceis
Numa estação de metrô em São Paulo, antes de embarcar, um rapaz negro pergunta muito educadamente ao funcionário se ali tinha um bebedouro onde ele pudesse tomar água. O funcionário explica que não há bebedouros em nenhuma estação do Metrô. O rapaz agradece e sai. Pouco depois ele retorna e, ao passar pela catraca, mostra ao funcionário a garrafa d'água que ele havia acabado de comprar e diz, com um sorriso no rosto: “É preciso economizar cada centavo porque os próximos quatro anos vão ser difíceis!”. Por Passa Palavra
Relacionamento aberto
Jovem e muito bela, era uma das lideranças estudantis do seu estado. Naquela época, viajava por várias cidades para dar palestras em universidades e sindicatos sobre a mulher e o socialismo, criticava o capitalismo, a família burguesa, o amor romântico e a monogamia com o mesmo afinco. Certa feita, numa mesa de bar, falava sobre as inúmeras vantagens do relacionamento aberto, chegando a falar, inclusive, do seu próprio namoro. Foi aí que uma outra mulher disse: “Eu não sabia que vocês têm relacionamento aberto. O seu namorado me disse que o relacionamento de vocês é fechado.” Então ela respondeu: “É aberto para mim e fechado para ele.” Passa Palavra
Comunicade
A síndica envia, no grupo de WhatsApp do condomínio, a seguinte mensagem: “Bom dia a todes! Como sindique desse condomínio, informo que a linguagem...
Resistência decolonial II
Os dois brasileiros conversavam sobre a vida e o trabalho em Paris. Um deles comentou que na empresa onde trabalhava quase a totalidade dos...
Métodos
Estava em curso a maior greve estudantil de décadas. Como de costume, discutia-se o que fazer em relação às aulas de pós-graduação. A professora,...
Humanismo sob medida (2)
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Sororidade feminina
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Pequenas resistências
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Contra o preconceito
Em sua coluna para a Folha de S.Paulo, Helio Schwartsman comemora a decisão da OMS de não nomear mais as cepas do coronavírus a...
Concorrentes (2)
A mesma estudante continua:
— Enquanto nos desgastamos nos preocupando com a concorrência que vai aumentar, mais adoecemos. O foco deve ser na sua pessoa,...
O doido da cidade
Toda cidadezinha do interior do Brasil tem pelo menos um doido que é conhecido por todos. Quase sempre é uma figura folclórica, cercada de histórias engraçadas, inusitadas, surpreendentes. Esses dias eu aguardava numa longa fila de vacinação contra a Covid e o doido mais famoso da cidade a percorria de ponta a ponta, em alto e bom som ele nos dizia o seguinte: “O povo não vê que é a vacina que está matando tanta gente? O povo é burro!” Passa Palavra