Pela Comissão de Apoio a Cesare Battisti (Portugal)

Veja aqui o “video-clip” desta canção – com letra de Manuela de Freitas e José Mário Branco, e música de José Mário Branco – com a qual se pretende chamar a atenção para o caso de Cesare Battisti, preso no Brasil há quase 4 anos e ameaçado pelo Supremo Tribunal Federal de ser entregue ao governo italiano.

“Hoje Battisti, amanhã tu”

 

CESARE BATTISTI
CESARE BATTISTI
QUE JUSTIÇA É ESSA?
PORQUÊ TANTA PRESSA?

CESARE BATTISTI
É POR MIM E POR TI
P’RA TU ESTARES CALADO
QUE ELE É EXTRADITADO

Mas quem é que manda nesse Brasil?
E quem é que julga o falso juiz?
História mal contada
Propagandeada
Quem ouve o que ele diz?
Quem vai ouvir o que ele diz?

(ao refrão)

Para ser exemplo a quem bate o pé
E se calhar nem sabes quem é
História tua
Fechar a rua
E calar o banzé
E assim calar o banzé

(ao refrão)

Quem é esse homem nessa prisão?
Crime inventado, ou opinião?
Se não fazes nada
Espera p’la pancada
À tua porta baterão
É à tua porta que baterão

(ao refrão)

FICHA TÉCNICA

HOJE BATTISTI, AMANHÃ TU
Letra de Manuela de Freitas e José Mário Branco
Música de José Mário Branco

 

 

 

Cantores:

Aldina Duarte
Amélia Muge
Camané
Duo Diana & Pedro
Duo Virgem Suta
Fernando Mota
João Gil
Jorge Moniz
Jorge Ribeiro (grupo Baile Popular)
José Mário Branco
Luanda Cozetti (Couple Coffee)
Norton Daiello (Couple Coffee)
Paulo de Carvalho
Pedro Branco
Tim

Instrumentistas:

Guitarra (violão): José Peixoto
Baixo eléctrico: Norton Daiello
Flauta e sax soprano: Paulo Curado
Percussões: Fernando Mota e José Mário Branco

Captação e mistura áudio: Fernando Mota

Imagens filmadas por Rui Ribeiro
Montagem vídeo por Nelson Guerreiro

Gravado e filmado em Lisboa (Portugal), em 25 de Janeiro de 2011.

 

 

 

 

Uma iniciativa da Comissão de Apoio a Cesare Battisti (Portugal).

Veja aqui para conhecer melhor o caso de Cesare Battisti.

17 COMENTÁRIOS

  1. MUITO BONITO! Parabéns a todos e todas que tiveram a coragem de mostrar os rostos e disponibilizar seus talentos para uma luta que parece não findar.

  2. Parabéns!
    Apoiamos, vamos divulgar, e é com muito carinho e esperança que vemos a música intervir de novo nas lutas pela emancipação social.
    Raquel Varela

  3. Muito importante não deixarmos de ser solidários. A canção de intervenção continua mais que actual. Isto podia ser colocado no facebook…podiamos chegar mais longe com a partilha que é possivel fazer.Saudações.

  4. Uma canção contra o terrorismo do Estado é sempre bem-vinda. Tanto mais que é do Zé Mário … já agora: é cada vez mais necessário abrir a cabeça aos «portugas» …

  5. Grande iniciativa dessas pérolas de cantores portugueses,nem tudo está perdido quando vimos iniciativas desse porte!
    ABAIXO O TERRORISMO DE ESTADO!
    Já está no meu facebook.
    Abraço solidário

  6. Muito bom mesmo… Em tempos de silêncio sobre o caso Battisti, uma prova da crise do sentimento Internacionalista dos movimentos libertadores, esta é uma ação que muito me deixa feliz.

    Saudações revolucionárias!

  7. Força gente!
    Antes que seja tarde…os vampiros já estão dançando de novo no pinhal do rei.

  8. A música é muito mazinha… Que não dê azar ao Battisti são os meus votos.

  9. Comentários aparentemente só “formais” como os de Francisco Neves (29/1) e de Paulo (8/2) são legítimos mas têm um sentido que tem de ser mostrado. É significativo que, não explicando o porquê dos seus juízos acerca qualidade da canção, estes leitores nos deixem sem saber o que os leva a não gostar. Talvez eles possam dizer-nos algo de que gostam, para percebermos o nível do seu gosto. Mas não são comentários neutros, como parecem pretender ser: essa canção é um instrumento de uma campanha política de solidariedade pela libertação de um preso político. E foi por isso que os seus autores, os músicos, os cantores, os técnicos e os cineastas envolvidos quiseram dar a cara. E conseguiram tudo em três dias, porque é urgente.

  10. Estando a meio caminho entre a Rua Sésamo e um hino ao Pirilampo Mágico, a canção tem muito boas intenções. E o que conta é a intenção, não é? Que seja um instrumento útil…

  11. também a prisão já longa em que Battista se encontra a quem as leis brasileiras devem direito de asilo já é um acinte; mas as nossas autoridades executivas e judiciárias não sentem na pele a urgência de liberar o preso político. A ideia da música em si é ótima,e o empenho das pessoas engajadas (compositores e cantores) mais do que louvável; também não estou persuadido da qualidade melódica, mas ninguém é obrigado neste caso a dizer porque nao gosta de algo esteticamente. FernandoK

  12. Bela canção.
    Mas os compositores se esqueceram de falar do podre poder berlusconiano, que quer, a qualquer custo, a extradição de Battisti para exibi-lo como um troféu e, assim, esconder um pouco a podridão que impera no governo italiano.

  13. Ruivo: a canção teve dois objectivos centrais e, sendo curta e buscando efeito imediato, teve de ater-se a eles: (1) responsabilizar as autoridades brasileiras pela não extradição de Battisti e (2) mostrar que lutar por isso é também lutar contra a criminalização dos movimentos sociais e das dissidências.
    Na Europa, a natureza reaccionária e “kitch” do regime de Berlusconi é muito clara na opinião pública.
    Mas a relação do caso Battisti com a situação italiana é mais complexa. Como o Berlusconi está sendo, ciclicamente, alvo de processos judiciais (corrupção, roubo, estupro, abuso de poder, etc.) por parte de juízes e acusadores públicos, dá-se (na Itália) uma inversão preversa das opiniões sobre o caso. Enquanto Berlusconi tenta desautorizar e desprestigiar os juízes italianos, a esquerda institucional italiana, toda ela, defende a extradição de Battisti “porque os tribunais italianos o condenaram”, sem se questionar sobre a parcialidade e as irregularidades do processo Battisti (ver a recente intervenção de Umberto Eco em manif anti-Berlusconi).

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