Por José, da Loja Iguatemi

Posso contar meu relato, mas não chega perto do que outras pessoas já passaram, pelo que vocês expuseram.

Antes disso, posso afirmar que também vi algo relatado por vocês, mas em uma loja de Brasília. Vi acontecer de colegas enviarem o e-mail interno para o presidente solicitando informações do faturamento e serem demitidas. Isso ficou tão recorrente que virou piada. Todo mundo que queria sair da Livraria sabia como conseguir isso rapidamente, enviando esse e-mail para o Herz.

Trabalhei por 1 ano e 4 meses entre os anos de 2010 e 2012.

Devido à rotina de excesso de trabalho da rotina de vendedor, senti uma tendinite forte por dias, até que não aguentei e fui ao médico. Fiquei 10 dias de atestado com o braço enfaixado. Durante minha ausência, fui a uma festa com o braço enfaixado. Um colega superior hierarquicamente a mim me viu e espalhou pela loja que falsifiquei o atestado. Quando voltei, ninguém falava comigo. Nem a gerente. Passei mais de uma semana nesse clima.

E a gerente tinha esse posicionamento nada profissional. Um funcionário faltava. Se fosse um funcionário amigo, nada acontecia. Se fosse alguém com pouca afinidade, tomava advertência. Isso independente se era um bom profissional ou não.

Sentia o medo constante lá dentro. Porque existia a política baseada na fofoca. Se um funcionário ou cliente falasse algo negativo em relação a outro funcionário para a gerência, o acusado seria punido, mesmo sem a apuração de fatos.

Esse fato me entristecia muito, porque eu gostava muito de trabalhar lá. Mas é complicado ser funcionário de uma empresa que não te resguarda em nada.

Adoecimento na Livraria Cultura de Brasília
A ilustração é recorte da obra Garay de Marcello Castellani

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here