Por Alguns camaradas

18 de maio de 2020

Eliezer Mariano da Cunha foi um grande companheiro que sempre esteve presente nas lutas da classe trabalhadora, prestando ajuda, ensinando e aprendendo. De riso fácil, transbordava vida, amor, solidariedade, firmeza e compromisso e assim deu sua contribuição para a construção de uma outra e nova sociedade.

Chegou em Campinas/SP muito jovem e se tornou um operário metalúrgico. Participou ativamente da Pastoral Operária e da Oposição Metalúrgica, derrotando os pelegos que estavam no Sindicato dos Metalúrgicos ainda durante a Ditadura Militar.

Eliezer participou na construção do Partido dos Trabalhadores e da Central Única dos Trabalhadores. E com a mesma determinação e firmeza com que ajudou a construir esses instrumentos, rompeu com eles, quando se transformaram em seu contrário. No entanto, se manteve firme na busca por novos instrumentos para dar continuidade à luta da classe trabalhadora.

Eliezer era único, uma energia inabalável, de madrugadas nas portas de fábricas, nos piquetes e greves e na organização da classe trabalhadora. Correu de ponta a ponta esse país, se somando às diversas lutas dos trabalhadores, onde houvesse exploração.

Eliezer nos ensinou que a disciplina, a firmeza e o compromisso com a luta por uma outra e nova sociedade não se faz com discursos vazios. De vida simples e fala tranquila, estava sempre disposto a se juntar às companheiras e aos companheiros na luta.

A vida desse camarada gigante em solidariedade, afeto e firmeza foi marcada pelo compromisso junto à sua classe. A intensidade dessa vida dedicada a luta não desaparece. No dia 18 de maio de 2020 Eliezer sofreu um enfarte e faleceu.

Esse imprescindível camarada ensinou-nos a sermos firmes no confronto com o Capital e seu Estado. Foi a isso que ele dedicou sua vida e era isso que ele, mais do que esperava, tinha a certeza de que íamos seguir.

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