Por Anton Pannekoek
Publicado originalmente em International Council Correspondence, vol. II (1935-1936), n. 6, maio de 1936. Traduzido por Marco Tulio Vieira, segundo a versão online disponível no site Anton Pannekoek Archives. Inúmeros materiais em português de Anton Pannekoek foram disponibilizados pelo Portal Crítica Desapiedada e podem ser acessados no Dossiê: Anton Pannekoek (1873-1960).
III.
Assim como o Partido Comunista levou os métodos bolchevistas para a luta de classes política da Europa ocidental e da América, também copiou o método russo de combate à religião. Então, também nessa questão nos é apresentado um exemplo instrutivo da grande oposição entre o bolchevismo e o comunismo, como o resultado da oposição entre a sociedade russa primitiva dos tempos czaristas e o capitalismo desenvolvido do Ocidente.
O comunismo, a emancipação da classe operária, significa o fim da religião. Com o desaparecimento da miséria terrena, desaparece também o reflexo celestial dessa miséria. Quando a humanidade dirige o processo de trabalho com um plano consciente e a sua própria existência é assim assegurada, quando a humanidade é mestre do seu destino e não é dominada por quaisquer forças superiores enigmáticas, então ela vê o mundo inteiro diante de si com ampla clareza, e nenhuma fantasmagoria de uma mente angustiada pode nublar o seu entendimento. Mesmo quando esse objetivo ainda não é alcançado, a percepção de que ele pode ser alcançado tem um efeito libertador sobre a mente. O materialismo histórico, a doutrina marxista, nos ensina a compreender as forças sociais. Os trabalhadores percebem que não existem poderes sobrenaturais misteriosos que lhes causam pobreza, miséria, guerra, destruição, mas que todas essas coisas são resultados do capitalismo; coisas que eles, através de sua luta, podem conquistar e pôr de lado. Portanto, essas forças, ainda muito poderosas, não são mais misteriosas; logo, a religião desaparece entre as massas trabalhadoras que, através do socialismo ou comunismo, adquiriram a base da formulação marxista. Isso não acontece através da força dos argumentos ateus contra a religião, pelos quais os trabalhadores são convencidos e conquistados. Pelo contrário, devido à nova visão social, o sentimento de incerteza tímida é dissipado e desaparece de sua consciência, de modo que suas mentes se tornam acessíveis a argumentos que, na verdade, eles quase não precisam mais e, por sua vez, a religião é descartada.
Existe uma diferença profunda entre o materialismo histórico marxista e o materialismo burguês de meados do século passado [XIX]. Este último acreditava ser capaz explicar a sociedade humana através de leis naturais e ignorava completamente o fato de que a sociedade tem suas próprias leis. O marxismo define as leis da sociedade que condicionam o desenvolvimento da humanidade. O materialismo burguês acreditava que, através do conhecimento das leis naturais e da sua aplicação na tecnologia, o homem poderia dominar o seu destino e, assim, tornar-se também espiritualmente livre. No entanto, essa aplicação, o desenvolvimento do capitalismo, deu origem a uma miséria ainda maior e a potências desconhecidas que eram ainda mais formidáveis. O marxismo explica esses poderes e esclarece os operários sobre a maneira como os próprios operários, com a ajuda da ciência, podem conquistá-los. A oposição entre os dois tipos de materialismo surge mais claramente em suas respectivas concepções da religião, uma considerando-a um simples efeito de ignorância sobre a natureza, a outra como um efeito causado por fatores sociais. E, dessa forma, vemos que a maneira como a religião é combatida pelo bolchevismo está no plano do materialismo burguês.
Se a religião não fosse mais que um produto da ignorância, teria desaparecido cada vez mais entre a classe instruída, a burguesia, no último meio século, que contou com um conhecimento científico crescente e uma instrução constantemente melhorada. Mas o que vemos? Que durante esse tempo, essa classe, mesmo a sua parte intelectual, se tornou cada vez mais religiosa. É claro que muitas vezes se diz que isso é apenas porque a burguesia tem interesse em manter a religião entre o povo e apoia, portanto, a religião com seu próprio exemplo. Não há dúvida de que isso entra em jogo, entre outras coisas, mas não é a questão principal. Com tais visões superficiais sobre os seus adversários, o proletariado só se enfraquece. A burguesia não é constituída, intelectualmente, de hipócritas, tal como não é composta, economicamente, de malfeitores e politicamente de ignorantes, independentemente do que a propaganda de políticos partidários sedentos de poder quer nos fazer acreditar. Os sentimentos religiosos desta classe são, em grande parte, genuínos, e nos esforçaremos para mostrar que isso está na natureza das coisas.
A religião é a forma fantástica em que as pessoas dão expressão ao sentimento inconsciente da sua ligação com o universo, desde que não conheçam a real ligação. O homem sempre foi dependente do mundo para sua existência e essa dependência continuará a existir porque o homem sempre permanece uma parte do mundo e sua vida é uma parte do processo total da história universal. Entretanto, nos períodos da história que passaram, a humanidade não conseguia perceber claramente essa dependência e dominá-la. Nos tempos de condições culturais primitivas, os meios de vida eram oferecidos a ela por fenômenos naturais independentes de sua vontade (sol, chuva, solo fértil); mas, ao mesmo tempo, forças poderosas eram capazes de destruí-la. Recentemente, através de dispositivos técnicos, mais tarde apoiados pela ciência natural, a humanidade aprendeu a dirigir essas forças naturais, a usá-las e atraí-las para seu serviço. Sua vida tornou-se mais rica e segura. Isto foi seguido, no entanto, pelo advento de forças sociais, decorrentes das formas de produção nas quais, com o avanço da tecnologia, as pessoas trabalhavam juntas em unidades cada vez maiores: tribos e, mais tarde, cidades e nações, levando a Estados e classes. A luta das tribos pela terra, a luta das cidades e dos Estados pelo comércio e pelo lucro, a luta de todos contra todos na competição aguda, a luta das classes pela sua parte do produto e pelo poder, a guerra e a crise nos tempos modernos — essas coisas, como forças poderosas, impulsionaram as pessoas e trouxeram-lhes sucesso ou declínio. O indivíduo sentia-se impotente, e de fato o era; a felicidade e o fracasso não dependiam dele. Enquanto vive em meio a um mundo de possibilidades cada vez mais ricas, fruto do esforço coletivo humano, mas sem um projeto e plano consciente, o indivíduo foi atingido por catástrofes e ameaçado de extinção por forças que não entende e não domina; forças que, da mesma forma, são fruto do esforço coletivo humano, mas, também, sem um projeto e plano consciente. A dependência de uma totalidade do mundo que está acima dele e acima de sua compreensão se expressa em um sentimento de medo e de rejeição, ocasionalmente de confiança e calma, embora sempre de sujeição às personificações sublimadas dessas forças, portanto, em sentimentos religiosos.
Na classe capitalista moderna, duas tendências se contrapõem. Por um lado, seu poder técnico nunca se revelou tão poderoso como no período atual, o período de ascensão e aperfeiçoamento da navegação aérea; da enorme aceleração da comunicação internacional, seja espiritual ou material; do refinamento das técnicas relacionadas às máquinas e do entrelaçamento mais substancial do trabalho e da ciência. O que fora anteriormente percebido como um espantoso compêndio de crescimento inconsciente — o domínio do homem sobre a natureza e as forças naturais — agora é proclamado orgulhosamente como o programa de um avanço técnico-científico conscientemente dirigido. Assim surgiu na burguesia a consciência das possibilidades ilimitadas, o sentimento de ser capaz de tudo. Isso era especialmente verdadeiro para os mestres da produção, os líderes econômicos do mundo, que se viam como os guias do destino humano. O reflexo espiritual dessa tendência não era propriamente o materialismo, a percepção das forças naturais do mundo, mas cinismo e desprezo pelo que outros reverenciam.
Em meio a esse sentimento de confiança, no entanto, outro sentimento estava em ação muito antes do advento da atual crise mundial, em que a anarquia da produção capitalista levou seus mestres a realizarem desesperados esforços e a terem dúvidas temerosas sobre o futuro. A ameaça da revolução proletária paira como uma espada sobre a burguesia desde o momento da sua ascensão ao poder. Assim que a classe operária, há meio século, começou a organizar-se, avançou na luta e proclamou os seus objetivos socialistas, tudo isso acabou com a autoconfiança da burguesia. Logo, o materialismo burguês derreteu-se e, desde então, poucos restos dele estão ativos numa parte da pequena burguesia e dos operários. Agora fora revelado que a ciência natural não podia libertar a humanidade e que a tecnologia sob o capitalismo não podia trazer felicidade geral, nem paz, nem liberdade. O futuro tornou-se sombrio e incerto; a burguesia viu o seu mundo cheio de forças incompreensíveis e ameaçadoras. E deste modo surgiu nessa classe todas as formas de misticismo e superstição.
A burguesia foi abalada na sua autoconfiança por duas catástrofes: primeiro a Guerra Mundial, depois a crise mundial. E agora paira sobre ela, como uma nuvem de tempestade, a ameaça de uma guerra mundial ainda mais devastadora. A burguesia não tem o mundo na mão. Impotente e sem uma ideia sequer sobre o que deve ser feito, enfrenta o poder irresistível dessas forças sociais. E quando elas foram novamente libertas, a burguesia enxerga a ascensão da classe trabalhadora, que no momento ainda é amenizada pelo seguro-desemprego, um alívio para exorcizar as revoltas causadas pela fome, e ainda mantida sob controle, através da possibilidade de protestos parlamentares ou da esperança de uma ordem econômica melhor garantida pelo alto. Depois de tudo o que se ouve agitando nas profundezas, a classe burguesa vê, aqui e ali, o piscar das novas ideias que dão força a uma iminente revolução, e pensa mais sobre a revolução do que os próprios trabalhadores, e está pronta para combater com os melhores meios sob seu comando. A burguesia enxerga na revolução e no comunismo nada mais do que o caos, a extinção de toda a cultura e o fim da humanidade. No entanto, sente instintivamente que é impotente para fugir dessa catástrofe. Por isso, surge nessa classe cada vez mais fortemente a crença num poder sobrenatural sobre-humano que governa o mundo. Ela se apega ainda mais fortemente a esta crença devido à frágil esperança de que assim talvez os trabalhadores possam ser impedidos de atingir seu objetivo e que a força que repousa em sua unidade possa ser quebrada.
IV.
A ascensão do movimento operário socialista no último meio século é o primeiro caso na história da humanidade em que a irreligião se tornou um fenômeno de massa. Essas massas trouxeram a religião junto delas como uma tradição do modo de produção anterior, seja pequeno-burguês ou camponês. No entanto, amontoados enquanto operários na indústria capitalista, aprenderam a conduzir a luta de classes, aprenderam algumas coisas sobre o desenvolvimento da sociedade em direção ao socialismo, reconheceram que a sua situação deplorável se devia a causas naturais e compreensíveis, e enxergaram a possibilidade de pôr fim a essa situação através da sua própria força. No momento prático mais importante da vida, suas mentes tiveram a oportunidade de se preocupar apenas com realidades, com a compreensão das coisas reais, e assim o pensamento fantástico tradicional estava destinado a ser dissipado e gradualmente desaparecer. Este processo ainda está em curso.
A conexão entre a sociedade e as ideias não deve ser concebida mecanicamente como uma fórmula, prescrevendo necessariamente a cada classe determinada um modo definido de olhar para as coisas. A sociedade atua sobre nós continuamente através de todas as influências e forças ao nosso redor, portanto, sobre cada um de nós de forma diferente em vários elementos; e assim as doutrinas impostas na juventude e nas tradições dos primeiros estágios de existência são gradualmente superadas, em um caso mais rapidamente e em outro de modo mais lento. As diferenças também podem ocorrer segundo a ocupação: onde quer que os trabalhadores estejam expostos a catástrofes naturais — como no caso dos mineiros e pescadores — mesmo que saibam que medidas de segurança inadequadas desempenham um papel sob o capitalismo, permanece em suas mentes uma religiosidade profundamente enraizada.
Outro fator a ser considerado é o desenvolvimento do próprio movimento operário. Nos primeiros dias da sua ascensão, quando prevalecia uma clara doutrinação através de princípios, o Iluminismo era o mais amplo. Quando, mais tarde, chegaram os grandes grupos de companheiros de viagem — aqueles que vieram ao socialismo apenas devido aos sucessos eleitorais e interesses diretos, não por uma profunda transformação de seus pontos de vista básicos — a religião tradicional que haviam trazido de seu entorno pequeno-burguês praticamente não foi afetada. Quando a social-democracia se tornou um partido como qualquer outro, em concorrência com os demais, e as igrejas aprenderam a competir com ela através de palavras de ordem, medidas sociais e suas próprias organizações de trabalhadores, a divulgação do pensamento materialista entre trabalhadores previamente religiosos chegou ao fim. Há também o fato de que a doutrinação teórica, bem como a garantia interior sobre o futuro, são enfraquecidas como resultado da degeneração reformista do movimento. A burguesia prova ser mais poderosa, o objetivo mais distante e mais nublado do que se pensava anteriormente. As forças devastadoras da sociedade revelam-se mais poderosas e incontroláveis na guerra, na desordem geral, na crise mundial. Tudo o que podia opor-se a elas era apenas uma certa crença vaga de que, no fim, todos os trabalhadores iriam vencer. Mas esta crença exprimia-se mais como um amor ético à paz e às declarações da fraternidade dos povos do que numa preparação forte e militante para a revolução. É óbvio que em tal movimento operário as tendências de um colorido religioso surgem cada vez mais fortemente e uma espécie de socialismo cristão ganha influência. E por isso encontramos, junto da política, também uma aproximação espiritual intensificada com a burguesia.
Em uma oposição aparentemente completa, temos a propaganda anti-religiosa do Partido Comunista, que, segundo o exemplo russo, inclui em suas atividades a luta direta contra a religião. Tal coisa pode parecer bastante radical, especialmente para aqueles trabalhadores obrigados a superar as tradições religiosas e que se deparam continuamente com a religião como um grande impedimento entre os seus camaradas. No entanto, é bastante superficial, permanecendo ligado à superfície e às camadas exteriores. Ser radical é chegar às raízes das coisas. A raiz da religião é a essência social, neste caso a dependência e a impotência. Atacar essa raiz requer — enquanto a própria sociedade não for transformada — a introdução de um discernimento no desenvolvimento social que dê origem à certeza de que a libertação pode ser alcançada através do esforço humano. É apenas isso que pode pôr de lado o poder do pensamento religioso. Não se trata de discussões teóricas com o intuito de demonstrar a falsidade dos dogmas religiosos; isso nada mais é do que um ataque à forma exterior, ao efeito; enquanto a causa, a essência interior, não é devidamente esclarecida. Só uma compreensão clara das forças pelas quais a sociedade é conduzida e de como o pensamento e a ação dos seres humanos são determinados por necessidades vitais de natureza econômica que torna supérflua e sem sentido a crença em explicações sobrenaturais. Sem essa compreensão, no entanto, a incredulidade ou o ateísmo é uma crença dogmática e tão carente de fundamentos sólidos quanto a religião.
O ateísmo propagado pelo PC e a religiosidade vaga de muitos círculos socialistas são, tanto um quanto o outro, modos burgueses de pensamento. O ateísmo e a religião têm isso em comum, são expressões inconscientes de um sentimento produzido nos seres humanos pela sociedade. Por conseguinte, ambos são dogmáticos, ou seja, consideram-se como verdade absoluta, combatendo entre si e se perseguindo mutuamente porque consideram ideias opostas como determinantes na luta prática. Ao nomear o materialismo como doutrina da realidade — a doutrina que investiga, com o objetivo de compreender, apenas a realidade, as forças reais do mundo —, ao mesmo tempo negamos que o ateísmo tenha qualquer direito de se chamar por esse nome. Como descendente do materialismo burguês, o ateísmo enxerga, com certeza, a realidade da natureza, mas não a realidade da sociedade, portanto apenas a metade menos significativa do universo. O seu valor é o de uma casca vazia, de uma solução negativa, porque apenas afirma que a explicação religiosa do mundo, a explicação através de seres sobrenaturais, é antiquada. Aquilo que poderia lhe dar um conteúdo positivo — a verdadeira explicação do desenvolvimento do mundo, um conhecimento claro das forças e dos seus efeitos que governam a nossa vida —, isso está faltando. Esse conteúdo só pode ser dado pelo materialismo histórico de Marx.
Foi dito acima que o PC propagou o ateísmo e combateu a religião, mas essa afirmação é, na verdade, demasiado favorável. São os livre-pensadores que combatem a religião com argumentos bastante ponderados. O que foi feito pelos órgãos do PC não foi muito mais do que lançar insultos e ataques ofensivos contra a religião. Esta talvez seja a indicação mais clara da pobreza intelectual dos partidos comunistas que, na sua dependência intelectual do bolchevismo, investiram contra a religião na Europa ocidental com os mesmos meios simples com que impressionaram os mujiques na Rússia. É claro que não se tratava de um combate sério — neste caso, isso está além das capacidades dos bolcheviques russos —, mas apenas um plano para assediar a burguesia e impressionar os operários com um pouco de audácia teatral. É o velho método de aparência externa no lugar da força interior — um método em ação também em sua política de empregar palavras que soam alto, por trás das quais há apenas um esforço reformista para sucessos externos com vista ao poder. Como prova e exemplo, para mostrar o quão vagamente comunista e completamente burguês esse suposto materialismo é, vem o último salto mortal, a palavra de ordem da tolerância: agora que a Rússia fez a paz com as potências ocidentais, a Internacional Comunista busca ficar em boa conta com a burguesia e, para isso, proclama a tolerância religiosa, o velho princípio burguês.
Para a burguesia, é um princípio. A burguesia recebeu — como um legado problemático dos séculos anteriores, quando as lutas de classes se refletiam em diferenças religiosas — as várias religiões e Igrejas, agora reduzidas a rígidos artigos de fé. Apesar do fato de que cada um deve assumir, de acordo com sua própria doutrina, que o outro companheiro está perdido para sempre, um deve respeitar a crença do outro, pois de outra forma nenhum negócio poderia ser conduzido entre as diferentes seitas. Os negócios não admitem nenhuma disputa sobre crenças religiosas, e os negócios são a principal questão. E assim, no mundo capitalista, é preciso tolerar. Também em relação aos assuntos políticos.
O verdadeiro comunismo não é tolerante. Um operário comunista, cujo desejo mais profundo é levar a sua classe a uma forte unidade de ação, não tolera que seus camaradas permaneçam sem a compreensão do desenvolvimento social. Ele sabe que, enquanto estiver faltando clareza em relação à sociedade, a mente estará cheia de alguma crença ou incredulidade. A conversão de uma crença a uma incredulidade vazia não traz nenhuma força à sua classe. Ele se lançará com todo o seu poder para fornecer discernimento, clareza, compreensão da sociedade, compreensão do objetivo e da luta da classe operária, de modo que os trabalhadores possam ver de forma clara a realidade ou o mundo que determina o seu destino. É então que as tradições sobrenaturais perdem sua força. Deste modo, prepara-se e garante-se a unidade de ação de todos os trabalhadores como uma classe estritamente coerente e consciente.
Leia aqui a primeira parte do artigo.
As obras reproduzidas no artigo são de Hugo van der Goes (1430 – 1482)