Chegámos a um ponto decisivo. A Suprema Corte de Justicia de la Nación (SCJN) irá julgar o caso e, em breve, decidirá sobre a liberdade dos nossos companheiros. Por Comité Libertad y Justicia para Atenco
Ao longo de 4 anos, milhares de pessoas em todo o México e em muitos lugares do mundo, activistas, organizações sociais, artistas [1], académicos, defensores de direitos humanos, vêm exigindo ao Estado mexicano duas questões elementares e necessárias: liberdade e justiça para os nossos companheiros da comunidade de San Salvador Atenco, da Frente de Pueblos en Defensa de la Tierra (FPDT).
À distorção e manipulação dos processos jurídicos, às evidências documentadas da violência estatal, à impunidade dos autores materiais e intelectuais do horror desta ação contra-insurgente, somam-se as condenações impostas até agora, de até 112 anos para Ignacio del Valle, líder da resistência [2], prisioneiro com outros 2 companheiros num estabelecimento penal de máxima segurança. Os 12 presos políticos de Atenco o são, fundamentalmente, pelo fato de, em primeiro lugar, defenderem as suas terras e, com elas, a sua cultura e forma de vida; e, segundo e mais importante, pelo fato de se organizarem, de se rebelarem e, com isso, nos darem um exemplo de dignidade e coragem, frente a este sistema capitalista, que explora e destrói a natureza e a sociedade [3].
Hoje, depois de ano e meio da Campaña Nacional e Internacional Libertad y Justicia para Atenco [4], chegámos a um ponto crucial, definitivo. A Suprema Corte de Justicia de la Nación (SCJN) irá julgar o caso e, em breve, em finais de junho, decidirá sobre a liberdade dos nossos companheiros. Este é o último recurso, a última instância de carácter nacional onde será possível exigir a sua liberdade.
É a hora dos nossos companheiros serem libertados. É a hora de eles voltarem, com as suas mulheres, com seus filhos, com a sua comunidade [5], à liberdade de seguir os seus passos no horizonte infinito daqueles que sonham com (e, portanto, lutam por) uma sociedade e um mundo diferentes.
Pedimos a todos e todas para difundirem esta informação e participarem na campanha de assinaturas, reunindo todas as possíveis de académicos, músicos, personalidades da cultura, colectivos, organizações sociais e movimentos populares. E, onde for possível, pedimos a organização de alguma ação de solidariedade, que estão já se preparando para o 29 de junho, perante a decisão da Suprema Corte, em Nova Iorque, Los Angeles, Vancouver, Montevideo, Londres, Helsinki, Berna, Paris, Toulouse, Zaragoza, Torino e outras que estão por ser confirmadas. É a hora de todos e todas somarmos as nossas vozes. É a hora da liberdade e da justiça para Atenco.
Favor encaminhar todas as assinaturas e mensagens de solidariedade até 21 de junho para: [email protected]
Para conhecer as ações recentes da Campanha e se cadastrar para receber informações:
http://www.atencolibertadyjusticia.com/new/
Notas
[1] Romper el cerco. Documentário sobre a luta pela terra e a repressão contra o FPDT. Em espanhol, com legendas em inglês.
[2] Manu Chao em Atenco, em solidariedade com o FPDT. Veja aqui.
[3] Campanha Nacional e Internacional Liberdad y Justicia para Atenco. Veja aqui.
[4] Devolvam-nos os nossos filhos!Veja aqui.
[5] Carta de Ignacio del Valle. Veja aqui.
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> Podem conta com a solidariedade e o apoio militante dos trabalhadores
> da fabrica ocupada Flaskô e do Movimento das Fábricas Ocupadas no Brasil.
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> Estamos sempre ao lado das lutas de nossa classe em todo o mundo
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> Discutirmos a possibilidade e os meios de organizarmos uma delegação
> ao consulado por aqui em apoio
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> Pedro Santinho
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> http://www.fabricasocupadas.org.br