Por Passa Palavra

A polícia do estado venezuelano de Anzoátegui, no dia 29 de janeiro, assassinou friamente dois operários que participavam da ocupação de uma montadora da Mitsubishi, a MMC. A mobilização dos trabalhadores, iniciada uma semana antes, ocorria em solidariedade aos 135 contratados da empresa terceirizada Induservis, os quais estavam em processo de demissão após a anulação de um acordo entre os patrões decidir pela prescindibilidade de seus serviços.

Em cumprimento de uma ordem judicial que exigia a desocupação imediata da fábrica, a polícia valeu-se de balas letais para varrer os trabalhadores que protestavam no local. Dois homens morreram e um continua gravemente ferido no hospital da cidade industrial de Barcelona.

Em nota oficial, do dia 1º deste mês, o Ministério Público da Venezuela anunciou o pedido de detenção de cinco funcionários da Polícia de Anzoátegui, responsabilizados pelas mortes. Um deles foi indiciado como autor material de um dos homicídios, os demais como cúmplices, e encontram-se, agora, presos na sede da Polícia Municipal de Guanta.

Esse acontecimento está movimentando uma grande corrente de solidariedade internacional. Em meio a ela, há alguns setores que acusam o presidente Chávez e seu governo de serem coniventes com a repressão sofrida pelos trabalhadores. Outros acreditam que a polícia de Anzoátegui, por não ter passado por nenhuma recente reestruturação organizacional, não agiria ainda em conformidade com os princípios da “Revolução Bolivariana”. Paralelo a isso, o fato concreto é que a morte dos dois trabalhadores merece todo o nosso repúdio, qualquer que seja a circunstância.

Pede-se, então, que mensagens de apoio e moções de repúdio sejam enviadas aos trabalhadores e entidades sindicais envolvidas, bem como às autoridades venezuelanas:

Sindicato Nueva Generación – MMC: [email protected]

Governo do Estado de Anzoátegui: [email protected]

Ver vídeo na secção EM DIRECTO.

 

1 COMENTÁRIO

  1. Daqui, a milhares de km de distância, sinto e apoio a luta dos trabalhadores venezuelanos e exorto-os a reivindicarem do Governo a aplicação de medidas socialistas, tal como anunciam no seu programa e por outro lado que investiguem as causas da repressão que vitimou os 2 companheiros.
    Um abraço solidário para todos os trabalhadores em luta

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