O que nos resta fazer? Nos resta, para começar, 1) refletir melhor sobre o que seria a composição do “lumpemproletariado”, hoje, por exemplo nas cidades brasileiras. Em seguida, cumpre 2) refletir, considerando as tendências do capitalismo contemporâneo (e não me refiro somente às tendências econômicas), sobre a margem de manobra para uma resistência anticapitalista que aceite o desafio de atuar não somente ou prioritariamente em territórios dissidentes animados pela classe média (como centros sociais em estilo europeu e seus equivalentes contraculturais à brasileira, por mais interessantes e válidos que sejam) ou por algumas dezenas de famílias de trabalhadores e trabalhadoras pobres apoiadas por indivíduos de classe média (como é o caso de muitas ocupações de sem-teto), mas sim em espaços segregados disputados por uma pletora de organizações e instituições (igrejas diversas, ONGs, tráfico de drogas de varejo, “milícias” etc.), espaços esses que são aqueles em que vive o grosso da população explorada e oprimida das cidades brasileiras. Por Marcelo Lopes de Souza

1ª Parte

Se o “proletariado” terminou por ser largamente cooptado pelo sistema capitalista nos restaria, então, depositar esperanças no “lumpemproletariado”?

2ª Parte

O “hiperprecariado” existe há muito tempo, mas seria absurdo pretender ver o conjunto dos pobres em qualquer momento da história e em qualquer área geográfica brasileira como “trabalhadores hiperprecários”.

3ª Parte

Ao lado do desemprego aberto em geral elevado, a “hiperprecariedade” representou o engrossamento do número da massa de trabalhadores informais e subempregados dos países “semiperiféricos”.

4ª Parte

Por que esteve o “hiperprecariado” sub-representado durante a onda de protestos de 2013?

5ª Parte

Será o “hiperprecariado armado” vinculado ao capitalismo criminal-informal “recuperável”, para fins de uma socialização política construtiva e emancipatória?

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