Amizades Inesperadas: a cooperação de ultranacionalistas ucranianos com agentes russos (1)

Por Taras Tarasiuk & Andreas Umland

 

Nota Preliminar:

Este trabalho foi encomendado por Viola von Cramon-Taubadel, membro do Parlamento Europeu e primeira vice-presidente da Comissão da Associação Parlamentar UE-Ucrânia no Parlamento Europeu, e lançado em setembro de 2021 na revista Documentos de Trabalho do Programa de Estudos do Illiberalismo nº 8. Foi financiado com fundos do Grupo dos Verdes/ALE no Parlamento Europeu. O conteúdo dos artigos publicados na revista é de responsabilidade exclusiva do(s) autor(es). O Instituto de Estudos Europeus, Russos e Euroasiáticos, incluindo sua equipe e corpo docente, não é responsável por nenhuma declaração imprecisa ou incorreta expressa nos artigos publicados. Os artigos não representam necessariamente as opiniões do Instituto de Estudos Europeus, da Rússia e da Eurásia ou de qualquer membro de seus projetos.

 

Sumário

Esta análise descritiva detalha e explica os contatos frequentemente paradoxais entre agentes russos e relacionados à Rússia, de um lado, e partidos de extrema-direita ucranianos pós-soviéticos, como o Svoboda (Liberdade), o National Corps, o Setor Direito e o Bratstvo (Irmandade), bem como de alguns outros grupos ultranacionalistas na Ucrânia, por outro. A investigação também abrange conexões de extrema-direita ucraniana com oligarcas ucranianos relacionados a Moscou, ao regime de Yanukovych de 2010 a 2014 e a outros atores relacionados ao Kremlin além das fronteiras da Rússia. Inicia com um levantamento dos partidos ucranianos ultranacionalistas e em seguida detalha contatos de extremistas ucranianos de direita com diversos grupos ultranacionalistas russos, agentes pró-russos na Ucrânia, bem como com agentes relacionados ao Kremlim na Rússia. Por fim, examina brevemente a cooperação da extrema-direita da Ucrânia com atores não-russos — sobretudo na União Européia — que expressaram opiniões pró-putinistas ou colaboraram com a Rússia. O estudo utiliza fontes primárias e secundárias nas línguas ucraniana, russa, inglesa e alemã. Essas fontes incluem reportagens da imprensa, documentos de partido, entrevistas, análises anteriores e investigações de agências como a Bellingcat. A introdução e as conclusões fornecem alguma contextualização histórica e interpretação política desse aspecto paradoxal na evolução da extrema-direita ucraniana.

 

Sobre os Autores

Taras Tarasiuk, B.A. (Academia Kiev-Mohyla), M.P.P.G. (Escola de Economia de Kiev), é Coordenador de Projetos do Instituto de Cooperação Euro-Atlântica (IEAC) em Kiev. Publicou em sites ucranianos como Locus, VoxUkraine, Liga.net e Ukrains ‘ka Pravda.

Andreas Umland, Dr. phil. (FU Berlin), Ph. D. (Cambridge), é pesquisador no Centro de Estudos da Europa Oriental de Estocolmo no Instituto Sueco de Assuntos Internacionais (UI), especialista sênior no Instituto Ucraniano para o Futuro (UIM) em Kiev e membro do Conselho de Administração da Associação Internacional de Estudos Comparativos do Fascismo (ComFas.org).

Amizades Inesperadas: a cooperação de ultranacionalistas ucranianos com agentes russos (1)

Agradecimentos

Os autores agradecem a Viola von Cramon, membro do Parlamento Europeu, e a Margarethe Richter pelo apoio, ajuda e paciência na preparação e execução deste projeto. Um reconhecimento especial a Viola von Cramon por iniciar este projeto.

Anton Shekhovtsov, Cand. sc. pol., Ph. D. (UCL), da Universidade de Viena, Centro Pela Integridade Democrática e Fundação Rússia Livre forneceu comentários úteis sobre um primeiro rascunho deste artigo.

Dois revisores anônimos forneceram comentários em um rascunho anterior.

Gostaríamos de agradecer a Marlene Laruelle por aceitar nosso envio ao seu novo e fascinante projeto sobre o iliberalismo.

Amizades Inesperadas: a cooperação de ultranacionalistas ucranianos com agentes russos (1)

O artigo foi escrito em grande parte durante o primeiro semestre de 2020 e se beneficiou indiretamente do projeto “Ação Coletiva de Grupos Armados Não-Estatais no Conflito Ucraniano: Uma Comparação de Grupos Armados Não-Estatais Pró-Russos e Ucranianos”, financiado pela Fundação Volkswagen, Alemanha, e implementado conjuntamente pelo Centro de Conversão Internacional de Bonn (BICC), assim como pelo Instituto de Cooperação Euro-Atlântica em Kiev (IEAC). Consulte: https://app.dimensions.ai/details/grant/grant.4974241.

Além disso, está relacionado ao projeto “Acomodação da Diversidade Regional na Ucrânia (ARDU): Um projeto de pesquisa financiado pelo Conselho de Pesquisa da Noruega (Programa NORRUSS Plus)”.

O Programa Rússia e Eurásia do Instituto Sueco de Assuntos Internacionais em Estocolmo é reconhecido por seu apoio durante a finalização deste projeto. Ver: https://www.ui.se/english/research/russia-and-eurasia/.

A responsabilidade por erros e deturpações remanescentes é exclusivamente dos autores.

 

Introdução: os objetivos deste estudo

Esta investigação delineia a história recente e as possíveis causas dos contatos entre o que parecem ser duas forças antagônicas e antinômicas: grupos ultranacionalistas ucranianos e agentes, associações e instituições russas ou pró-Kremlin.[1]A linha divisória primária e o ponto crucial do conflito profundo entre os — tanto os moderados quanto os radicais — nacionalismos russo e ucraniano reside no caráter principalmente imperial e parcialmente messiânico do pensamento etnocêntrico russo e na obsessão de muitos nacionalistas russos com o que eles percebem como uma “questão ucraniana” em aberto.[2] Muitos russos — não apenas ultranacionalistas — acreditam que não há uma etnia ucraniana devidamente desenvolvida, unificada ou suficientemente distinta. Assim, em parte, majoritariamente ou na totalidade, a Ucrânia deve ser (formal ou informalmente) anexada à Rússia, como foram a Crimeia e partes da Bacia de Donets em 2014. Apenas algumas facções seletas dentro do nacionalismo radical russo aceitam e respeitam plenamente a Ucrânia como uma nação separada e distinta da Rússia e reconhecem sua soberania política, assim como suas fronteiras reconhecidas internacionalmente.

Amizades Inesperadas: a cooperação de ultranacionalistas ucranianos com agentes russos (1)

Outra questão que separa setores internos e de diferentes campos de nacionalismos russos e ucranianos é postura deles em relação à Europa e ao Ocidente. A maioria dos nacionalistas ucranianos, incluindo muitos dos mais radicais, são convictamente pró-europeus. E grande parte do nacionalismo moderado ucraniano é estridentemente pró-ocidente. Em contraste, a maioria dos nacionalistas russos tendem a ser antiocidente (em especial, antiamericanos) e alguns setores são parcialmente ou totalmente antieuropeus. Essa divisão, no entanto, não é exatamente clara. Existem vertentes dentro de ambos os nacionalismos russos, o moderado e o radical, incluindo alguns grupos com ideologias racistas, que vêem a Rússia como pertencente a uma cultura europeia mais ampla, ou mesmo ocidental, que é percebida como cristã, “nórdica” ou “branca”. Às vezes, esses nacionalistas russos são — como ilustrado neste estudo — relativamente pró-ucranianos. Por exemplo, eles podem ver a nação ucraniana como participante legítima e parceira igualitária no concerto internacional das nações “arianas”.

A maioria dos nacionalistas russos, no entanto, vê a Rússia como uma civilização distinta, ortodoxa e/ou euro-asiática, que é separada ou mesmo oposta ao Ocidente. Em contraste, os nacionalistas ucranianos estão em grande parte voltados para o oeste e não para a Rússia ou outros países a leste (com a exceção parcial da Geórgia, muitas vezes vista como um aliado próximo da Ucrânia). Este desvio nas perspectivas estrangeiras cria tensão adicional entre nacionalistas russos e ucranianos que, de outra forma, poderiam ser capazes de encontrar uma linguagem conceitual comum.

Quer sejam conservadoras ou revolucionárias, todas as ideologias nacionalistas integrais — incluindo as da Ucrânia e da Rússia — são, de uma forma ou de outra, etnocêntricas, anti-individualistas, tradicionalistas, patriarcais e iliberais. Assim, tendem a ser igualmente estruturadas e têm pontos potenciais de acordo que podem levar à cooperação transnacional ou mesmo à organização conjunta. Ainda assim, as visões de mundo nacionalistas russas e ucranianas são diferentes não apenas e não tanto em sua substância filosófica e ideológica.

Amizades Inesperadas: a cooperação de ultranacionalistas ucranianos com agentes russos (1)

Como indicado, a maioria dos nacionalistas ucranianos e russos estão em conflito fundamental em relação às suas perspectivas geopolíticas e aspirações territoriais mais amplas. Muitos nacionalistas russos não respeitam as fronteiras e/ou a independência da Ucrânia. Eles também assumem uma postura cética ou mesmo inimiga em relação à civilização ocidental e, em menor grau, à Ideia de Europa. Por outro lado, há alguns nacionalistas ucranianos que — especialmente após os eventos de 2014 — reivindicam partes do sul da Federação Russa para a Ucrânia. Assim, não é de admirar que haja muita animosidade entre nacionalistas russos e ucranianos.

Apesar de uma impossibilidade aparentemente fundamental de cooperação, houve vários contatos entre certos grupos de direita radicais ucranianos e agente pró-Kremlin, russos ou não russos. Algumas relações remontam ao colapso da URSS em 1991. Neste artigo, ilustramos diferentes formas, motivações e espectros de interação paradoxal desses polos supostamente opostos na geopolítica da Europa Oriental. Listamos não apenas os fatos relevantes de sua cooperação, mas também tentamos explicar por que e como essa colaboração essencialmente contraintuitiva se tornou possível e, em alguns casos, continuou após a Revolução da Dignidade, bem como o início da guerra russo-ucraniana em 2014. [3]

Como já indicado no título, não abordamos aqui a cooperação intranacionalista dentro da Ucrânia. Também deixamos de fora os laços internacionais não paradoxais da extrema-direita ucraniana, como as suas ligações a ultranacionalistas bálticos igualmente antirrussos. E, finalmente, não cobrimos a cooperação frequente dos grupos ultranacionalistas da Ucrânia com pessoas patrióticas ucranianas, agentes estatais (ministérios, facções parlamentares, agências, etc.) ou com nacionalistas moderados nos campos político-partidário, da sociedade civil e cultural da Ucrânia. Certamente, casos de tal colaboração formal ou informal entre centristas e extremistas dentro da Ucrânia têm sido volumosos desde 1991. Reconhecemos que esses laços e alianças são maiores e mais politicamente relevantes do que os episódios de colaboração ultranacionalista ucraniana descritos neste artigo.

​​​​​​​Embora existam, portanto, boas razões para escrever artigos e livros sobre a cooperação intranacionalista entre a extrema-direita da Ucrânia, por um lado, e o governo ucraniano, partidos de centro-direita e/ou ONGs patrióticas, por outro, este documento tem objetivos diferentes. Nosso objetivo é apresentar quando e como grupos ucranianos de extrema-direita (ou certos círculos que se apresentam como membros da extrema-direita) colaboraram com agente que ou aparentam ser parceiros inconcebíveis, ou são aliados fundamentalmente antagônicos aos ultranacionalistas russofóbicos ucranianos. Embora esse foco possa omitir outras instâncias interessantes de cooperação, ele nos dá a chance de concentrar nos principais casos paradoxais, imputados ou concretos, de um tipo particular de cooperação interna e externa entre os grupos ultranacionalistas da Ucrânia e agentes fora do espectro da extrema-direita ucraniana. Um esboço satisfatório de toda a gama de ambos casos, convencionais e paradoxais, de colaboração de grupos nacionalistas radicais ucranianos com vários parceiros moderados ou estrangeiros resultaria em uma peça bastante volumosa. Talvez seria necessário uma equipe de mais do que dois pesquisadores para fornecer uma visão geral tão abrangente. É por isso que este estudo aborda apenas a cooperação ucraniana de extrema-direita com agentes russos e com parceiros aparente ou realmente pró-Kremlin dentro e fora da Ucrânia.

Amizades Inesperadas: a cooperação de ultranacionalistas ucranianos com agentes russos (1)

O cenário ucraniano de extrema-direita desde 1991

A Ucrânia pós-soviética tem uma família de partidos de extrema-direita organizacional e ideologicamente bem desenvolvida, mas ainda assim fraca eleitoralmente. As sementes do espectro partidário de extrema-direita da Ucrânia começaram a surgir já no final dos anos 1980 e desde então deram origem a uma série de diferentes agrupamentos e alianças. [4] Mesmo com sua emergência precoce e presença contínua, o desempenho de partidos e alianças de extrema-direita nos votos nacionais tem sido em grande parte abismal (Tabela 1). [5] Somente nas eleições parlamentares ucranianas de 2012 o Svoboda teve um desempenho relativamente bom, e isso aconteceu em circunstâncias especiais, que discutiremos mais tarde. [6]

 

Tabela 1. Participações eleitorais dos principais partidos de extrema-direita ucranianos nas eleições presidenciais e nas partes proporcionais das eleições parlamentares entre 1998 e 2019 (em percentagem). [7]

Partido ou aliança Bloco “Natsionalnyy front” [Frente Nacional] (KUN, UKRP &URP) / URP / KUN UNA / Pravyi sektor [Setor Direito] Bloco “Menshe sliv” [Menos palavras] (VPO-DSU e SNPU) / VOS
Eleições nacionais
1998 (parlamentar) 2,71 (NF) 0,39 (UNA) 0,16 (MS)
1999 (presidencial)
2002 (parlamentar) 0,04 (UNA)
2004 (presidencial) 0,02 (Kozak, OUN) 0,17 (Korchinsky)
2006 (parlamentar) 0,06 (UNA) 0,36 (VOS)
2007 (parlamentar) 0,76 (VOS)
2010 (presidencial) 1,43 (Tiahnybok)
2012 (parlamentar) 0,08 (UNA-UNSO) 10,44 (VOS)
2014 (presidencial) 0,70 (Yarosh)¹ 1,16 (Tiahnybok)
2014 (parlamentar) 0,05 (KUN) 1,81 (PS) 4,71 (VOS)
2019 (presidencial) 1,62 (Koshulinsky)
2019 (parlamentar) 2,15 (VOS)²

¹ Na eleição presidencial de 2014, Dmytro Yarosh estava formalmente concorrendo como candidato independente, mas era publicamente conhecido como o líder do Pravyi Sektor – PS.

² Na verdade, a lista do Svoboda de 2019 era um bloco unificado da maioria dos partidos políticos ucranianos de extrema-direita relevantes, mas foi oficialmente registrada como uma lista apenas dos VOS.

Amizades Inesperadas: a cooperação de ultranacionalistas ucranianos com agentes russos (1)

 

Abreviaturas: KUN – Konhres ukrains’kykh natsionalistiv [Congresso de Nacionalistas Ucranianos]; UKRP – Ukrains’ka konservatyvna respublikans’ka partiia [Partido Republicano Conservador Ucraniano]; URP – Ukrains’ka respublikans’ka partiia [Partido Republicano Ucraniano]; VPO-DSU – Vseukrainske politychne ob‘ ’ednannia “Derzhavna samostiynist’ Ukrainy” [União Política Ucraniana “Independência do Estado da Ucrânia”]; SNPU – Sotsial-natsionalna partiia Ukrainy [Partido Social-Nacional da Ucrânia]; OUN – Orhanizatsiia ukrainskykh natsionalistiv [Organização de Nacionalistas Ucranianos]; UNA – Ukrains’ka natsionalna asambleia [Assembleia Nacional Ucraniana]; UNSO – Ukrains’ka narodnasamooborona [Autodefesa Nacional Ucraniana]; VOS – Vseukrains’ke obke’ednannia “Svoboda” [União Ucraniana Svoboda].

A publicação deste artigo foi dividida em cinco partes, acessíveis nos links abaixo à medida em que forem publicados:
Parte 2
Parte 3
Parte 4
Parte 5

A tradução se deve ao grupo Camarilha Rachada.

Notas

[1] Pesquisas maiores sobre nacionalismo e política de extrema-direita ucraniana pós-soviética incluem, em ordem cronológica: Volodymyr Kulyk, Ukrains’kyi natsionalizm u nezalezhniy Ukraini (Kyiv: Tsentr doslidzhen’ natsional’noi bezpeky NaUKMA, 1999); Taras Kuzio, Theoretical and Comparative Perspectives on Nationalism: New Directions in Cross-Cultural and Post-Communist Studies (Stuttgart: ibidem-Verlag, 2007); “Ukrainskie pravye ekstremisty vo vremia i posle vosstaniia 2013-2014 gg.,” Forum noveishei vostochnoevropeiskoi istorii i kul’tury 13:1 (2013): 103-206; Andreas Umland, ed., “Post-Soviet Ukrainian Right-Wing Extremism,” Russian Politics & Law 51:5 (2013): 3–95; Andreas Umland and Oleksandr Zaitsev, eds., “The Ukrainian Radical Right in Past and Present: Studies in Ideology, Memory and Politics,” Communist and Post-Communist Studies 48:2–3 (2015): 169–271; Vitaliy Nakhmanovych, Fenomen “Svobody:” Vybortsi radykal’nykh natsionalistiv u dzerkali sotsiolohii (Kyiv: KMIS/Vaad, 2016); Evhen Vasyl’chuk, Pravyi radykalizm v Ukrayini (Cherkasy: Tretiakov O.M., 2018); V’iacheslav Likhachov, Vid Maidanu pravoruch: Revoliutsiia, viyna i ul’trapravi v Ukraini (2013–2016 roky) (Kyiv: Krytyka, 2021).
[2] Pesquisas recentes maiores sobre nacionalismo e política de extrema-direita russa pós-soviética incluem, em ordem cronológica: Viktor Shnirel’man, Intellektual’nye labirinty: Ocherki ideologii v sovremennoi Rossii (Moskva: Academia, 2004); Aleksandr Verkhovskii, ed., Tsena nenavisti: Natsionalizm v Rossii i protivodestvie rasistskim prestupleniiam (Moskva: SOVA, 2005); idem, ed., Russkii natsionalizm: ideologiia i nastroenie (Moskva: SOVA, 2006); idem, ed., Verkhi i nizy russkogo natsionalizma (Moskva: SOVA, 2007); Marlene Laruelle, ed., Le Rouge et le noir: Extrême droite et nationalisme en Russie (Paris: CNRS-Éditions, 2007); idem, ed., Sovremennye interpretatsii russkogo natsionalizma (Stuttgart: ibidem-Verlag, 2007); idem, ed., Russkii natsionalizm v politicheskom prostranstve: Issledovaniia po natsionalizmu v Rossii (Moskva: Franko-rossiiskii tsentr gumanitarnykh i obshchestvennykh nauk, 2007); idem, ed., Russkii natsionalizm: Sotsial’nyi i kul’turnyi kontekst (Moskva: Novoe literaturnoe obozrenie, 2008); idem, In the Name of the Nation: Nationalism and Politics in Contemporary Russia (London: Palgrave Macmillan, 2009); idem, ed., Russian Nationalism and the National Reassertion of Russia (London: Routledge, 2009); Charles Clover, Black Wind, White Snow: The Rise of Russia’s New Nationalism (New Haven, CT: Yale University Press, 2016).
[3] Natalia Yudina, “The New Exile Strategy of Russian Nationalists,” Illiberalism Studies Program, 18 de Dezembro de 2020, www.illiberalism.org/the-new-exile-strategy-of-russian-nationalists/.
[4] Bohdan Nahaylo, “Ukraine,” RFE/RL Research Report 3:16 (1994): 42-49; Taras Kuzio, “Radical Nationalist Parties and Movements in Contemporary Ukraine Before and After Independence: The Right and its Politics, 1989-1994,” Nationalities Papers 25:2 (1997): 211-242; E.S. Andriushchenko, “Paramilitarni struktury ukrainskoho natsionalistychnoho rukhu 90-kh rr. XX st.,” Naukovi pratsi istorychnoho fakul’tetu Zaporiz’koho natsional’noho universitetu 30 (2011): 42-51.
[5] Melanie Mierzejewski-Voznyak, “The Radical Right in Post-Soviet Ukraine,” in: Jens Rydgren, ed., The Oxford Handbook of the Radical Right (Oxford: Oxford University Press, 2018): 608-629.
[6] Natalia Belitser, “Vseukrainskoe ob’’edinenie ‘Svoboda’ i ego elektorat, 2012-2013,” The Ideology and Politics Journal, no. 2(4) (2013): 8-92.
[7] Andreas Umland. 2014. “The Right-Wing Extremisms of Post-Soviet Russia and Ukraine, 1991-2014: Hypotheses on Differences in Their Permutation and Performance.” Presentation to the Danyliw Seminar on Contemporary Ukraine, University of Ottawa, 2 de Novembro.

 

As artes que ilustram o texto são da autoria de Lazar Lissitzky (1890-1941).

2 COMENTÁRIOS

  1. No Telegram,último aterro sanitário dos libertários digitais tupiniquins,a ordem é “putinizar” todas as conversas, transformando todos e tudo em disputa,mais um movimento dentro do Grande Vazio e tédio que corrói a miúda bandalha anarca brasileira. Entre exigências de carteirinha e passaporte ideológico, a transição Desigual e Combinada das idéias de kropotkin para Alexandr Dugin grassa no solo gentil, daí para as piores justificativas da Okupaçao russa é um leve atravessar de calçadas.

    As “amizades inesperadas” sempre estavam aquí,as lentes é que estavam embaçadas.

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here