Por Casé Angatu
Na Bahia foram 16 pessoas mortas neste final de semana pela polícia baiana, sendo uma delas uma criança de 10 anos
Em São Paulo (Guarujá) 8 pessoas mortas pela polícia paulistana numa ação de vingança
Sei que poucos falarão sobre as mortes na Bahia.
Afinal de contas a frase dita que vidas humanas importam deveria ser tristemente reescrita para:“algumas vidas importam mais do que outras” quando tu não entra nas classificações identitárias.
Nos dois casos das chacinas na Bahia e em São Paulo as “justificativas” dadas pelo governo bolsonarista/fascista de São Paulo e pelo governo de um dos partidos da esquerda foram as mesmas.
Eles disseram que as mortes ocorreram porque os mortos: resistiram à prisão e/ou tinham antecedentes criminais.
Claro que é uma explicação incoerente para justificar o genocídio classista/capitalista e racista até porque uma criança de 10 anos foi uma das vítimas. Certamente ela não tinha antecedentes criminais e nem tão pouco deve ter resistido à prisão
Mas mesmo que tivesse antecedentes criminais e cometendo “delitos” a pessoa pode ser morta?
O que entristece mais ainda é quando governantes da chamada esquerda não se manifestam com veemência contra as mortes.
Cadê a manifestação/ação imediata e veemente do ministério da justiça & ministério dos direitos humanos e da cidadania … Sem dizer dos demais ministérios. Mesmo que se manifestem/atuem durante a publicação deste artigo … Demorou
É aterrorizante saber que as justificativas dadas às mortes por um governante bolsonarista, fascista são as mesmas dadas por governante de um partido dito de esquerda.
Segundo os dados do fórum brasileiro de segurança divulgados em julho, a polícia mais letal (a que mata mais) é do estado da Bahia, superando em 2022 ao do Rio de Janeiro. E quem governa a Bahia?
Claro que lutei nas últimas eleições para derrotar o fascista/miliciano que estava no poder.
Claro que desejo e muito que os governos dos partidos da chamada esquerda, incluindo a presidência da república, consigam implantar uma pauta popular.
Mas não podemos ficar em silêncio quando genocídios sobre o povo ocorrem
Esta reflexão vale também para os movimentos sociais.
Ao invés de adornarmos os governantes com nossos fazeres (cocares, colares, pinturas) precisamos é exigir que façam um governo tendo com princípio a pauta popular até para que os fascistas não voltem mais.
Não ao genocídio do povo pobre !