Por A Voz Rouca

👩🏽‍🏫 DIÁRIO DA QUARENTENA #01
💻 Educação nos tempos de corona

A escola-empresa, em Belo Horizonte, resolveu não se importar com a saúde de sua equipe.
Telefonaram para cada uma das professoras, para algumas auxiliares e para o resto do grupo, para que fossem à escola fazer uma reunião presencial no dia 25/03, para tratarem de assuntos de trabalho.
O uso do telefone para contatar cada uma das professoras pareceu uma estratégia perspicaz, para não deixar registrado o fato de que estavam negligenciando a liminar cedida pelo TRT, que diz que as professoras devem ficar em casa até o dia 31/03, pelo menos. A alternativa de participar da reunião via digital não foi oferecida pela escola e os funcionários foram informados que a reunião aconteceria no ateliê, um lugar fechado e sem ventilação, o que também contraria a orientação dos órgãos de saúde, internacionais e nacionais.
Após denúncias ao sindicato dos professores, a direção da escola foi notificada e, sob ameaça de terem que pagar uma multa diária de R$30.000, a reunião foi suspensa 10 minutos antes do horário marcado. Parece que essa é a única linguagem que os dirigentes da escola conhecem: a do dinheiro. Suas preocupações são exclusivamente financeiras. A segurança e a vida daqueles que fazem a escola funcionar (bem como a de outras pessoas na sociedade) não é prioridade para essa escola.
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(A Voz Rouca irá publicar na sua página relatos de abusos cometidos pelas escolas contra os trabalhadores durante a crise do Coronavírus. Caso você queira compartilhar alguma história, é só nos procurar )

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