Decisão foi tomada pelos trabalhadores da cerâmica em plenário.
Os trabalhadores da Cerâmica de Valadares decidiram esta terça-feira, em plenário, impedir a entrada de viaturas e de pessoas nas instalações da empresa até que «alguém da administração» garanta o pagamento dos salários em atraso. »Quem sair, já não entra», disse à Lusa Daniel Gonçalves, da comissão de trabalhadores, garantindo que se irão manter à porta da fábrica durante todo o dia.
Os cerca de 200 trabalhadores que se encontram em situação de lay-off desde junho têm em atraso os salários de maio, julho e subsídio de férias. O salário de julho já foi entregue pela Segurança Social à administração da empresa de cerâmica, mas o dinheiro ainda não chegou às mãos dos trabalhadores.
Daniel Gonçalves disse à Lusa que, na sequência da concentração realizada na passada sexta-feira, representantes da Autoridade para as Condições de Trabalho e da Segurança Social deslocaram-se, nesse mesmo dia, à empresa para uma reunião.
«Sabemos que deram um prazo à administração para regularizar a situação, mas desconhecemos pormenores».
Daniel Gonçalves acrescentou que a CT contactou o responsável da ACT que na sexta-feira recebeu um grupo de trabalhadores, mas este ter-se-á escusado a esclarecer qual o prazo dado à empresa. «Só sabemos que continua tudo na mesma e que, se esta situação se mantiver, o lay-off pode ser cancelado e a empresa encerrada».
***
Via facebook:
Uma quantidade considerável de trabalhadores ocupou as instalações da cerâmica de Valadares, para impedir a saída de mercadoria e ter uma posição de força que obrigue a administração a pagar-lhes os guitos em atraso (Julho e Agosto, pelo que percebi). Essa administração pretendia pagar-lhes cerca de 200 euros até quinta-feira, coisa que os trabalhadores rejeitaram. Companhia, alimentação e animação das hostes são coisas que devem acontecer e ser coordenadas com quem está lá.
Apareçam e vão ver que são bem recebidos.
A fábrica a quem a trabalha!
Retiro daqui
