Por Passa Palavra
Na sexta-feira, a Rede Extremo Sul somou-se à organização da ocupação, que vem sendo apoiada por associações de bairro e outras entidades da região. Já neste domingo, as famílias batizaram o espaço de “Ocupação Povo Unido Para Vencer” e estruturavam seus barracos nos lotes de forma ordenada, conforme conversado em assembleia.
Segundo as famílias que vão se alojando no local, a parte maior do terreno – a primeira a ser ocupada – pertence à Prefeitura de São Paulo e está há dez anos abandonada. O local chegou a ser um clube esportivo chamado Aristocrata e, embora esteja destinado há muito tempo para a construção de um parque linear, tem servido apenas para abrigar diversas cenas violência no bairro, como estupros e assassinatos. A outra parte do terreno, onde estão cerca de 50 famílias, aparenta ser uma área particular, também abandonada.
As famílias exigem que o próprio local se torne um conjunto habitacional e, visando isso, já organizam o espaço pensando na instalação de estruturas básicas como redes de esgoto, energia elétrica e logradouros. Somando-se a outras demandas do bairro, a ocupação inseriu também na sua pauta de reivindicação a refundação a Escola Estadual João da Silva, que foi desativada e, por isso, precisou remanejar os alunos para duas escolas próximas sem qualquer preparo para recebê-los.
Por enquanto, não houve nenhum contato oficial de nenhuma das esferas do poder público nem do proprietário do outro terreno.
