Por Douglas Rodrigues de Barros
O antifascismo é uma pauta transversal na sociedade de classes porque o fascismo rumoreja implicitamente em momentos de normalidade econômica e explicitamente em momentos de crise.
O fascismo, como disse Marcuse, fora derrotado militarmente mas nunca ideologicamente porque as estruturas imaginárias e simbólicas da sociedade do consumo se regulam pela divisão, identidade, regulação dos lugares definidos, corpos matáveis. Aquilo que mais tarde Foucault chamou de biopolítica e na radical dimensão neoliberal Mbembe definiu como necropolítica porque para além de áreas.fora da cobertura do direito há o assassinato estatal dos corpos excedentes.
A força do antifascismo é aquela que pode atravessar as diversas demandas possibilitando um conjunto aberto a topografia das diversas pautas que questionam radicalmente o status quo. Por isso, sua pauta é de organização e coesão transversal aos diversos interesses dos oprimidos, dos esbulhados, dos que estão fora da lógica implicitamente fascista da normatividade.
Quando vejo os ongueiros querendo hierarquizar e disputar com oportunismo que lhe peculiar as bandeiras que se erguem nas ruas com sua lógica identitaria e estanque me vem a cabeça se estes que dizem se importar com o racismo não ganham sua vida com aquilo que dizem combater! Me parece que sim!
Pronto para as pedradas que virão!