Aqui estão reunidas resenhas e análises publicadas ao longo deste anos sobre filmes que têm lutas sociais e processos revolucionários como temática e também aqueles que a temática suscitou algumas reflexões sobre esquerda, capitalismo e lutas sociais. Por Passa Palavra
Os artigos mais recentes estão em cima, os mais antigos, embaixo.
Cinema político independente do Rio de Janeiro (2000-2020): uma introdução (Parte 1 – Parte 2 – Parte 3 – Parte 4)
O cinema revolucionário não é aquele que produz carreiras, mas coletivos e organizações pautando as produções nas necessidades históricas dos trabalhadores. Por Arthur Moura
O infamiliar holocausto
Consideramos o nazismo um absurdo, pois nos esforçamos para relegá-lo ao esquecimento. Contudo, um olhar atento nos faz observar que ele foi um processo constituinte do nosso presente. Por Eduardo Souza Cunha
Retratos Fantasmas – cinema, radicalismo e extinção
O narrador do filme representaria o ponto de vista do intelectual que se esforça na reconstituição da materialidade histórica da marcha arrevesada da reprodução social. Por Denilson Cordeiro
Educação cinematográfica: construindo valores
Se não oferecermos a possibilidade de os nossos alunos verem outro tipo de cinema, como romper com os valores inculcados pelo cinema dominante? Por José de Sousa Miguel Lopes
Au revoir, Godard
Não nos resta o esmorecimento, tampouco a solução da produção de manifestações artísticas políticas; mas a de produzi-las politicamente. Por Juliana Antunes
Godard: fazer filmes politicamente
Godard nos presenteou com a frase que deveria orientar os realizadores de cinema: “não se trata de produzir filmes políticos, mas de fazer filmes politicamente”. Por Juliana Antunes
Cinema e educação: decifrando imagens e construindo espaços de mediação (Parte 1 – Parte 2)
A interlocução entre escola e cinema produz relações, cria sentidos e significados para os sujeitos escolares e promove aprendizagem a partir da vida cotidiana. Por José de Sousa Miguel Lopes
A reaparição do demônio na fábrica
No filme de Francis, não há propriamente o demônio, que “invade” a fábrica. O demoníaco é a fábrica. Por Felipe Catalani
Esboço para uma teoria crítica do cinema de guerrilha (Parte 1 – Parte 2 – Parte 3 – Parte 4 – Parte 5 – Parte 6)
O cinema como ferramenta de transformação social deve contribuir para a revolução proletária. Uma revolução se completa quando as classes sociais são eliminadas não havendo mais relações de dominação. Por Arthur Moura
Sobre os filmes que fiz
Pensar e fazer o cinema a partir do desenvolvimento de uma teoria social determina a vitalidade desse cinema. Por Arthur Moura
O cinema no olhar dos educadores/cinéfilos: pelas trilhas da História e da memória
Pode essa rede de imagens, complementada por outras milhares que bombardeiam o dia-a-dia da vida moderna, constituir-se num acervo pessoal de memórias? Por José de Sousa Miguel Lopes
“A Linha 60”, o filme
O protagonista que nos conduz pelo relato e ao mesmo tempo se mimetiza nele é Santiago, alguém que participa e registra. Por Primo Jonas
Marighella e o cinema sem tempo
Talvez, Marighella possa ser uma lição sobre o cinema sem tempo, que nos impede de passar boas mensagens de forma simples, em três minutos ou duas horas. Por José Abrahão Castillero
A realidade fabricada no filme Mad City
A infiltração e captura de eventos para subjugá-los em pseudoeventos é estrutural na mídia que opera dentro do capitalismo cibernético. Por Lucyan Butori
Realidade, Aparência e Controle em The Truman Show
Quanto maior o esforço tecnológico para desnudar a verdade, mais o sistema se afunda na simulação. Por Lucyan Butori
Bacurau e Recife Frio: da neve ao caos
Bacurau e Recife Frio foram concebidos na mesma época e a partir de uma ideia-chave semelhante: alterações provocadas por fenômenos externos às sociedades, mas com sinal trocado. Por Jan Cenek
Esboço para uma teoria crítica do cinema independente
O cinema independente não necessariamente responde a anseios revolucionários. Ele, num primeiro momento, quer apenas existir e expor ao outro suas expressões sinceras. Por Arthur Moura
Para uma educação do olhar cinematográfico: visitando “O Olhar de Michelangelo”
O cinema se transformou em uma lâmpada que se acende e apaga, um espelho giratório parecido com o que Franz Mesmer utilizava para hipnotizar seus pacientes. Por José de Sousa Miguel Lopes
A importância do cinema em tempos de retrocessos
A história da cinematografia brasileira está demarcada por conflitos, os quais se apresentam como representações da vida cotidiana dialogando de alguma forma com os anseios, desejos, concepções, perspectivas manifestadas pelo meio social. Por Cláudio Almeida Silva Filho
O recuo conservador à esquerda
Enquanto Tropa de Elite 1 se parece com o raio-X do modelo ético do Brasil contemporâneo, sua continuação soa como um caricatura das posições mais “coxinhas”. Por Acauam Oliveira e César Takemoto
Cinema e Anarquia: Vigo, vulgo Almereyda
O cinema foi se infiltrando nos círculos anarquistas, que, após o repúdio inicial, perceberam que o domínio de suas competências poderia ser de grande utilidade na propaganda das ideias libertárias. Por Rafael Morato Zanatto
Conservadorismo nacional e qualidade estética: Tropa de Elite I e a formação do cinema brasileiro contemporâneo de entretenimento
Como falar da qualidade de um objeto estético que corrobora uma visão que você rejeita? Por Acauam Oliveira
Linha vermelha
Linha Vermelha coloca-nos tudo em dúvida, o que é a verdade e o que é recriado. Por R. Delgado
Dama de Ferro, o filme que legitima uma hegemonia
A trama do filme é a história de uma senhora que não consegue desapegar-se do passado, o seu passado pessoal e seu papel histórico. Por Carla Luciana Silva
“Estômago”, o filme: um retrato da vida cotidiana
Estômago nos leva a refletir sobre a forma trágica com que hostilidades sequentes podem levar à revolta e como a revolta acaba por transformar psicológica, moral e identitariamente as pessoas. Por Ronan Gonçalves
A Fost Sau n-a Fost? Pequeno debate sobre a Revolução
O filme se encerra com o acendimento da última luz que faltava para a iluminação completa da cidade, a da praça do Poder Municipal. Por Tales dos Santos Pinto e Rodrigo Araújo
São Paulo – Sociedade Anônima
O filme de Luís Sérgio Person retrata a São Paulo de meados do séc. XX e aspectos de nossa modernidade inconclusa. O elenco conta com Walmor Chagas e Eva Wilma. Por Paulo Henrique Marçaioli
O que vemos nos filmes «O Ovo da Serpente» e «A Onda»?
Esses dias encontrei um amigo professor com quem não falava há muito tempo. Por eu estar acabando a faculdade – faço o curso de História – e estar um pouco (mentira, é muito) preocupado com minha situação trabalhista após o término do curso, conversamos sobre sua profissão. Por Vitor Augusto Ahagon
Uma (cons)ciência abalada: Nosferatu como problema epistemológico da medicina
À ciência como um todo é feita a crítica de que seu atual instrumental não poderia lidar com uma realidade que se mostra muito mais complexa e misteriosa. Nesse sentido, fechar-se nos pressupostos científicos consagrados (isto é, baseados em argumentos de autoridade) significaria obstar qualquer caminho alternativo a um regime de verdade. Por Victor Vigneron
“A estratégia da aranha”: o mito do traidor e do herói
Os heróis e líderes são o resultado das necessidades que os produzem. E são os conflitos e contradições das épocas subseqüentes que alimentam a mitificação dos indivíduos e do seu papel na época anterior. Cultuar heróis significa alimentar a alienação e sensação de impotência coletiva. Por José de Sousa Miguel Lopes
Avatares e Exterminadores
Que a franquia Exterminador do Futuro contém uma distopia tecnológica é uma obviedade. Que o filme Avatar contém um naturalismo metafísico ingênuo também é uma obviedade. O que não é óbvio são as raízes do sucesso que o segundo está acumulando e a suas conexões “íntimas” com o primeiro. Por Antônio de Pádua Melo Neto.
Pro dia nascer feliz: uma lente sobre a educação
“Pro dia nascer feliz” tem o mérito de abordar o tema da educação sob forma documental. O filme desmascara o shopping-escola mostrado na TV e mostra o abismo que existe entre as escolas de elite e as escolas públicas. Por Ronan Gonçalves
A onda
A confusão do político com o afectivo, que ameaça todos os grupos, constitui o grande risco do totalitarismo. A política exercida com a razão é o antídoto do fascismo, que sempre se apresenta como uma política da emoção. Por João Bernardo
A insustentável engenharia do desejo
Se a pornografia vai para além do sexo, o que sobraria do corpo? Caberia perguntar se a produção pornográfica teria em seu processo de expulsão e submissão do corpo em prol de algo criado exclusivamente pela indústria do pornô algum parentesco com a expulsão do conteúdo humano da circulação de mercadorias em geral. Por Douglas Anfra
Arca Russa: O reino da aparência estética e os impasses histórico-filosóficos
O tempo histórico apresentado por Sokúrov convida, a todos nós que reclamamos por outra sociedade, a não alimentarmos ilusões acerca de nós mesmos. Por Danilo Chaves Nakamura
João Bénard da Costa, “O Senhor Cinema” (1935-2009)
Esperamos que se saiba homenagear João Bénard da Costa, permitindo a continuação da sua obra. Por Passa Palavra