Nesta publicação reunimos alguns dos artigos publicados no Passa Palavra que trazem relatos, reflexões e problemáticas ligados às lutas sociais na América Latina. Por Passa Palavra
Os artigos estão dispostos, de cima para baixo, seguindo a ordem alfabética do nomes dos países e, dentro disso, dos mais antigos para os mais recentes.
40 anos do Cordobazo
O maio francês de 1968 se dá na Argentina um ano depois, em maio de 1969, com o Cordobazo. Vale a pena comemorar os seus 40 anos. Por Henrique Tahan Novaes
A emergência do peronismo
O presente trabalho tem a intenção de discutir algumas questões relativas à emergência do peronismo. Partindo do pioneiro trabalho de Murmis e Portantiero, que colocaram a discussão em um novo patamar, e do comentário de dois trabalhos posteriores, buscaremos levantar algumas questões referentes à associação do movimento peronista ao chamado populismo. Por Fernando Sarti Ferreira
Anticapitalismo e experiência piquetera
Os artigos apresentam um panorama, desdobramentos e algumas questões sobre a experiência de lutas basistas que se desenvolveram na Argentina no início dos anos 2000. Por Alex Hilsenbeck Filho e Cássio Brancaleone
Argentina: a luta da FaSinPat Zanón e as universidades
Se é verdade que a luta educa, no caso de Zanón a luta contra o Estado, contra os patrões e contra a burocracia sindical nos traz inúmeros elementos do trabalho autogestionário como princípio educativo. Por Henrique T. Novaes
Argentina: os rastros de 2001 e os desafios atuais
Que saldo atual – vigente hoje, projetável no futuro – deixou aquela extraordinária conjuntura política conhecida como “a crise de 2001” ou, mais precisamente: “ a rebelião popular de 19 e 20”? Por Colectivo Editorial Marcha
O fascismo de Perón
Como definir o peronismo? Eis um exercício necessário, que ajuda a compreender regimes políticos recentes da América Latina. Por João Bernardo
Tudo azul e branco: um relato do 18A de Buenos Aires
Trinta mil manifestantes ou mais, cantando e panelando contra o governo, começaram a dobrar a esquina. Era 18 de abril, as eleições se aproximam e cresce o medo de uma nova crise. Por Cintia Tavares e Daniel Caribé
De gatos, gatitos e leões
Será necessário convencer milhões de eleitores que votaram por um ajuste fiscal duro que a solução não necessariamente passa pela penúria e pobreza de todos. Por Primo Jonas
El Alto, baluarte das lutas sociais na Bolívia
Se, no contexto da Revolução de 1952, a centralidade do proletariado mineiro foi indiscutível, hoje em dia a morfologia do trabalho é outra. É fato que o operário de fábrica ainda responde por parcela significativa da classe trabalhadora boliviana, mas a precarização das relações laborais e a informalidade têm colocado outra grande e majoritária parcela de trabalhadores em condições desfavoráveis para se organizar. Por Bruno Miranda
MST-Bolívia: a terra para quem a trabalha
Sob o lema “A terra é para aqueles que a trabalham” e seguindo a linha do movimento camponês brasileiro, agricultores sem terra da região do Chaco fundaram em 2000 o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra da Bolívia. Por Fernando Molina Cortes
Bolívia-Equador: o Estado contra os povos indígenas
Os povos originários, que criaram as novas condições para a sua liberdade, não vão continuar a tolerar a marginalização política. Tiveram a força para travar o neoliberalismo e agora não querem perder a oportunidade. Por Raúl Zibechi
Tramas da exploração: a migração boliviana em São Paulo
Quem se depara com o brilho das vitrines e a assepsia do ambiente destas grandes lojas talvez não imagine em que condições têm sido produzidas as mercadorias que ali ficam expostas. Por Bruno Miranda e Taiguara
Bolívia: Primeiro estão as pessoas, só depois os números e as cifras
Carta-aberta a Evo Morales e Álvaro García, respectivamente presidente e vice-presidente da Bolívia, contra o grande aumento dos combustíveis (“gasolinazo”) e pelo autogoverno do povo boliviano. Por Oscar Olivera Foronda, Marcelo Rojas, Abraham Grandydier, Aniceto Hinojosa Vasquez e Carlos Oropeza
Bolívia: o paradoxo como contexto e chave de interpretação
A estrada através do TIPNIS representa um acesso de capitais, nem sempre nacionais, à conexão bioceânica. A integração não é entre povos mas entre capitais. Por Cesar O.
50 Anos do Golpe Civil-Militar no Chile e a Educação Popular
As metodologias participativas da Educação Popular eram e são a forma de trabalhar com as comunidades, mas também é a forma de construir democracia desde as bases populares. Por Carlos Acevedo G.
Chile e Haiti: porquê diferentes
O coletivo Passa Palavra apresenta aos seus leitores e leitoras dois artigos sobre o abalo sísmico no Chile e, inevitavelmente, sua comparação com o Haiti. O primeiro de autoria de José Antonio Gutiérrez D. e o segundo da jornalista canadense Naomi Klein.
Chile: a greve dos estivadores de San Antonio
«Esta poderá ser uma bola de neve», afirmaram os dirigentes da greve. Por Francesca
Entrevista a uma militante chilena no Brasil
Agora, a força que há no Chile são as assembleias, porque são as que aglutinam majoritariamente o morador e a moradora do bairro, o trabalhador e a trabalhadora. Por Francesca Machuca entrevistada por Passa Palavra.
A colaboração colombo-venezuelana é sintomática dos limites do nacional-desenvolvimentismo
Portanto, estas extradições não são fatos isolados. Mais que isto, fazem parte de um processo crescente e inegável de degeneração burocrática, de sufocamento da iniciativa, do pouco que existe do poder popular, de direcionamento à direita das políticas e das formas de realizá-las. Por José Antonio Gutiérrez D.
Quando falam as vítimas
Depois de quase dois anos dos diálogos de paz com as FARC, surge um novo dilema: definir quem é vítima e quem não é. Por Mariana Clini Diana
Intelectuais públicos e política em Cuba: continuidades e emergências
A partir de alguns sectores da intelectualidade pública, constitui-se uma espécie de “política dos sem poder”, contrapartida sociocultural do mainstream institucional percebido como alheio, arcaico ou adversário. Por Armando Chaguaceda
Cuba: as cores do presente
Há em Cuba a existência de dois grandes grupos, os que aspiram a restabelecer o capitalismo e os que preferem remodelar ou reformar o sistema actual. Há ainda alguns que querem manter (conscientemente ou por inércia) um Estado burocrático e centralizado, enquanto outros acham que o socialismo só é defensável se for democrático. Por Armando Chaguaceda
Cuba: observar criticamente
O Observatório Crítico é uma pequena maquete, de onde poderão sair relações mais sãs entre as colectividades e o Estado numa sociedade de transição para o comunismo libertário: um processo de transferência das funções estatais internas para as colectividades laborais e sociais. Mario Castillo entrevistado por Duanee Suárez García
Cuba: um olhar socialista para as reformas
Urge um modelo de gestão que exija a democracia no local de trabalho para seu sucesso, e assim escapar do falso dilema de escolher entre a restauração capitalista e o monopólio burocrático. Por Armando Chaguaceda e Ramón I. Centeno
Cuba: não estão sós
Temos que afastar, desde a base e à esquerda, o silêncio e a auto-censura que consagram a impunidade, procurando “não fazer o jogo do inimigo”. Por Colectivo El Libertario (Venezuela), Colectivo Actores Sociales (México), Passa Palavra e outros
Cuba: ecos de um (VI) Congresso
Um conjunto de medidas positivas que, material e simbolicamente, significarão mudanças no modelo actual de socialismo de Estado.Todavia, as limitações, as ambiguidades e as ausências do conclave obrigam a moderar qualquer falso entusiasmo. Por Armando Chaguaceda
A esquerda em Cuba não está no poder
Uma visão autoritária de esquerda, que levou ao colapso das experiências dos socialismos “reais” e, pela censura e repressão dentro da esquerda, impediu o surgimento de propostas alternativas. Marlene Azor entrevistada por Red Protagónica Observatorio Críticoqyer
Tempos sinistros: a esquerda de El Salvador
O que poderia ter sido um período de acumulação de forças transformou-se num período de desilusão generalizada e confusão obscura. Por Erick Barrera Tomasino
Honduras: um menino contra o golpe
Oscar David Montesinos. Ele tem apenas 10 anos de idade e tem se destacado nos eventos políticos feitos em resistência ao golpe que derrubou Manuel Zelaya, presidente constitucional de Honduras. Por Passa Palavra
Prisão de sindicalistas nas Honduras
Forças policiais penetraram na Universidade Nacional Autónoma das Honduras para expulsar e deter os dirigentes sindicais do Sindicato dos Trabalhadores da Universidade, que desde há vários meses prosseguem protestos e uma greve de fome. Por Giorgio Trucchi
Honduras: triste epílogo para um ciclo de lutas de um povo forte
Não são casuais os chamados de Zelaya à reconciliação nacional, ao invés de chamados para se aprofundar a luta de classes que é o verdadeiro “x” da questão em Honduras. Por José Antonio Gutiérrez D
Atenco: o teatro da (in)justiça
Quando os meios de comunicação de massa e a alienação das grandes empresas não se mostram suficientes para garantir a passividade, procura-se impor o medo e o silêncio através das múltiplas formas de violência física e simbólica, inibindo os atos de protesto, resistência e rebelião contra a ordem vigente. Por Passa Palavra
O neozapatismo e os velhos meios de produção
Há uma imagem criada do zapatismo, centrada na palavra como arma, na sua guerra simbólica e comunicativa, que perde de vista a base fundamental de seus avanços e da sua luta: a tomada dos meios de produção. Por Leo Vinicius
Zapatismo: entre a guerra de palavras e a guerra pela palavra
«Nós, zapatistas, não apoiamos o pacifismo que se ergue para que seja outro a colocar a outra face, nem a violência que se alenta quando são outros a colocar os mortos.» Por Alexander M. Hilsenbeck
Campanha Liberdade e Justiça para Atenco
Atenco representa uma nova fase na estratégia de criminalização dos movimentos sociais, mas também a utilização da extrema violência contra estes em forma massiva como dispositivo de controle e repressão. Por Frente de Pueblos en Defensa de la Tierra (FPDT) e Comité Libertad y Justicia para Atenco
Acteal: crime de lesa-humanidade e um capítulo da política contra-insurgente em Chiapas
O “Plano de Campanha Chiapas 94” teria por objetivo romper a relação de apoio da população com as forças opositoras. Os militares deveriam organizar, assessorar e apoiar secretamente setores da população civil como forças de autodefesa ou outras organizações paramilitares. Por Alex Hilsenbeck e Cássio Brancaleone
Outra saúde: a experiência autônoma zapatista
A experiência zapatista demonstra a potencialidade da construção de outra saúde, ao tomarem em suas mãos os aspectos primordiais de suas vidas, superando o modelo atual que mercantiliza a doença e a saúde.Por Alex Hilsenbeck
Zapatismos urbano em Nova Iorque: Movimento de Justiça de El Barrio
O Movimento por Justiça de El Barrio pretende lutar pela libertação das mulheres, imigrantes, pessoas de cor, homossexuais e a comunidade transgênera. O neoliberalismo deseja nos dividir e evitar que nós juntemos as nossas forças. Nós vamos derrotá-lo ao continuar unificando toda nossa comunidade. Por R. J. Maccani
Atenco: a passo a mais, na busca de justiça
Regozijo e determinação para continuar a luta: eis o espírito reinante na libertação – finalmente – dos “12 de Atenco”. Por Passa Palavra
Dossiê: Viver em Chiapas
Nesta página, os diários de uma visita de militantes europeus às comunidades zapatistas de Chiapas. Impressivas descrições da vida concreta de milhares de mexicanos que, depois da revolta de 1994, decidiram mudar de vida e construir a autonomia. Veja, a seguir ao pequeno texto de apresentação de um dos viajantes, traduzidos na íntegra, os relatos sobre as oito comunidades visitadas. Por Passa Palavra
Teses em torno da autonomia dos povos índios
Nesta abordagem sócio-antropológica de López y Rivas, “os princípios igualitários, participativos, auto-gestionários e coletivistas das autonomias indígenas tornaram-se uma das poucas abordagens estratégicas atuais para enfrentar com sucesso o capitalismo”. Por Gilberto López y Rivas
A revolta cotidiana. Política dos oprimidos para a emancipação
A revolta cotidiana contra a miséria, a degradação e a opressão impostas pelo capitalismo e o Estado neoliberais geram experiência de práticas sociais, de auto-organização e participação política que contribuem para resistir no México à devastação do capitalismo mundializado. Por Arturo Anguiano
Polícia Comunitária de Guerrero (México)
O território comunitário é reconhecido hoje como o mais seguro no estado de Guerrero, onde a redução da criminalidade é de cerca de 94%. Por Gisela Guevara
A outra cara da militarização do México
Para além da “guerra” contra o tráfico. Por María José Rodríguez Rejas
Mobilização contra a militarização e a violência no México
Temos sido vítimas do abuso de autoridade que somente nos considera como “danos colaterais” de uma guerra que não pedimos, não queremos e na qual padecemos. Por Jovens em Resistência Alternativa
Cherán, autodefesa e autogoverno em defesa dos recursos naturais
Completado o primeiro ano de levantamento, as fogueiras continuam acesas e, nesse preciso momento, todo Cherán se encontra em alerta máximo. Por Bruno Miranda
A marcha do silêncio zapatista
E noite será o dia que se tornará o dia. Por Passa Palavra
A luta contra o interminável PRIismos no México: os acontecimentos do 1º de dezembro
Heriberto Paredes Coronel e Rafael Prime são da agência autônoma de comunicações Subversiones.org, e com eles conversamos sobre a situação do México, os desafios e as possibilidades que estão colocados para os movimentos sociais. Por Leonardo Cordeiro e Luiza Mandetta
Após solidariedade internacional, militantes do MPL são perseguidos no México
As publicações feitas no México mostram o intuito de criminalizar os protestos e demonstram vinculação entre os órgãos de vigilância do governo e a grande imprensa. Por Passa Palavra
Sobre as autodefesas comunitárias no México
Por que assusta tanto um povo que decide pegar em armas? A problemática das autodefesas comunitárias no México e suas ressonâncias no Brasil. Por S.
México faz seus os 43 estudantes desaparecidos na Escola Normal de Ayotzinapa, em Guerrero
Em meio ao ambiente de incerteza e medo que se vem vivendo ao longo dos últimos dias, a mobilização de milhares de pessoas reivindicando justiça revitalizou as organizações e permitiu um respiro frente a esse crime de Estado. Por Agência Subversiones
Comuna de teatro rural na Nicarágua
“Durante a revolução sandinista dormíamos na rede com duas armas, de um lado a espingarda e de outro o violão, hoje só temos uma, por isso nos fodem.” Por Alex Hilsenbeck Filho
O poder de um líder de duas patas
Um 62% que ratificou o personalismo e o poder unifamiliar como a forma política que comandará a Nicarágua, o reino da gente pobre e de uns poucos grandes ricos. Por Mónica López Baltodano
Massacre de camponeses no Paraguai
O governo paraguaio esquece-se de cumprir a promessa eleitoral de fazer a reforma agrária. Por Anuncio Martí
Guerra no Paraguai, um conflito brasileiro
Boa parte das terras férteis está nas mãos dos brasiguaios e, no calor do embate pela terra, é geralmente contra eles que a fúria campesina se volta. Por Emilio Gonzalez
A encruzilhada peruana
O movimento popular peruano foi dizimado à bala pela direita e pela esquerda. Agora retomou o caminho e está voltando a falar em voz alta. Por Raúl Zibechi
Luta de classes e repressão sob o governo de esquerda de Boric
A administração Boric não tardou muito em exibir uma brutal continuidade com o governo anterior. Por Colectivo Vamos Hacia la Vida